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terça-feira, 31 de dezembro de 2019

FILME "DOIS PAPAS" TEM AVAL DO VATICANO E TENTA UNIR O REBANHO

Por: Claudia Souza

O filme "DOIS PAPAS" chegou para aquecer a discussão dos católicos apostólicos romanos que ultimamente estão demonstrando sem pudor o quanto a Igreja Católica está se tornando dividida.

Até o padres que sempre mantiveram suas exposições dentro de cada paróquia estão agora se manifestando no Youtube, externando suas opiniões e não são raras as divergências entre os seguidores dos dois papas.

O que poucos estão parando para analisar é que a obra cinematográfica que diz "inspirado em uma história real" sugere que Bento XVI e o atual Papa Francisco estavam de acordo quando o primeiro renunciou para que o segundo pudesse estabelecer uma "reforma" dentro da Igreja.

O que muitos dos que estão se manifestando não reparou ainda é que as cenas do filme foram rodadas dentro das dependências do Vaticano. Isso significa que a Igreja Católica, cuidadosa como sempre foi em esconder erros cometidos pelos homens que fazem parte da sua administração, JAMAIS permitiria que cenas de um filme fossem rodadas lá dentro, sem antes fazerem um exame cuidadoso e detalhado do roteiro e do texto do filme. A autorização para execução da obra, utilizando cenas reais do papado, nomes reais dos personagens e até documentários realizados em off no Vaticano, provam que a Igreja Católica Apostólica Romana está de acordo com a publicação e em nenhum momento se manifestou formalmente contra a veracidade da frase publicada nos cartazes do filme que diz: "INSPIRADO EM UMA HISTÓRIA REAL".  Tanto Bento XVI como o atual Papa Francisco mantêm-se quietos, calados, apenas observando as manifestações coléricas dos dois times de seguidores. 

Até uma criança recém nascida é capaz de perceber que a película "DOIS PAPAS" está tentando resgatar a união e a cumplicidade dos fieis que encontram-se divididos, mostrando uma suposta amizade e interação entre os dois papas. 

Embora não seja de interesse da Igreja ver o seu rebanho fragmentado, para certos líderes políticos que estão dentro do Vaticano, uma quebra retirando de cena ideias reformistas que poderiam minar os interesses dos poderosos manipuladores que mantém as mentes humanas em perfeita dominação através de dogmas de medo, castigo, pecado, etc., chegaria em boa hora. 

Com todo o respeito que tenho aos padres sinceros em seu coração, que exercem as suas ordenações dentro de princípios básicos cristãos, esses debates precisavam ocorrer porque muito do que a igreja católica prega em nome de Cristo é no mínimo mentiroso e conflita com as verdadeiras mensagens de amor de Jesus Cristo. A hipocrisia de homens santos que cometem pedofilia, de bárbaros que condenaram homens e mulheres às fogueiras, dos poderosos que queimaram livros que expandiam o conhecimento humano, apenas por poder e unicamente para manter uma posição arcaica como verdade absoluta, "em nome de Deus" e "Em nome de Jesus Cristo" (que sofreu horrores porque manteve firme a sua verdadeira opinião). 

Assim como o Papa Francisco, Jesus Cristo também trouxe uma mensagem reformista para as mentes humanas naquela época. O que a própria igreja está fazendo com Francisco é igual o que fizeram com Jesus Cristo quando ele tentou espalhar a sua mensagem. 

O Papa Francisco só não foi queimado ainda na fogueira, devido as leis atuais e porque a igreja está notoriamente dividida por seus interesses próprios. Quem fundou a igreja Cristã, não foi Jesus Cristo. Nunca passou pela mente de Jesus construir uma igreja de pedra. A sua mensagem era para ser passada aos corações humanos, que pouco aprenderam a esse respeito. 



Imperador Constantino e Teodora
Império Bizantino
Deus não pune ninguém, apenas corrige as frequências vibratórias e eu gostaria muito que os padres estudassem com bastante atenção e ensinassem aos seus discípulos sobre o Concílio de Constantinopla II realizado no ano 552/553 d.C., convocado pelo imperador Justiniano IRREGULARMENTE com o objetivo de expurgar a doutrina dos padres neoplatonistas (Orígenes, Clemente de Alexandria, Plotino e outros). 

Por que a igreja não explica honrada e claramente, que até 500 anos depois de o Cristianismo já ser aceito pelo império romano, a reencarnação era ensinada? 

Não sei se os novos padres sabem, ou deveriam saber, que a doutrina dos 3 capítulos era aceita e foi colocada devido ao diálogo acontecido entre Jesus e Nicodemos. Jesus foi claro quando disse: "para entrar no reino dos céus, é preciso nascer de novo", no entanto essa anatematização perseguiu os que foram derrotados nesse sínodo de bispos. 

Mais da metade dos católicos de todo o mundo acreditam na transmigração da alma em corpos físicos. É preciso mudar isso. Não sei se o Papa Francisco, corajoso neo-reformista teria coragem de convocar um concílio para discutir esse assunto. 

Desde o império, a Igreja Católica Apostólica Romana, exerce a POLÍTICA em prol dos seus interesses de poder, afinal, o Concílio de Constantinopla II, minou a fé espiritualista, unicamente pelo interesse do Imperador Justiniano e de sua esposa, a rainha Teodora, por medo de expurgar seus "pecados" em uma nova reencarnação.

Está evidente a mente do clero quando percebe o seu poder ameaçado por manifestações espíritas, ideias de perdão e redenção ou a possibilidade de contradição em suas mensagens. Estamos adentrando a era da iluminação, em que as máscaras estão caindo, em que as verdades estão emergindo com todo vapor. Ainda não entendi porque as ideias do Papa Francisco são tão combatidas. 

Ele está trazendo conceitos de humildade quando pede perdão pelos pecados praticados pelos seus padres que cometeram pedofilia e quando reconhece que o amor pode existir de inúmeras maneiras. Jesus Cristo era assim, simples, humilde, não discriminava ninguém, vivia entre prostitutas, ladrões, miseráveis e não julgava os demais e nem impunha a sua vontade com mãos de ferro como vemos a igreja fazendo ao longo dos séculos. 


Salve Deus!

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